Crédito Habitação em 2025: O Papel dos Intermediários de Crédito e as Novas Medidas do Estado
O mercado de crédito habitação em Portugal está a passar por transformações significativas, impulsionadas pelas recentes medidas governamentais, como a Garantia Pública para jovens, a isenção de IMT e a isenção de Imposto de Selo na compra de casa. Para compreender melhor este novo cenário, entrevistamos Ricardo Mendes, diretor da Diálogo Prudente, empresa de intermediação de crédito em nome da DS Intermediário de Crédito, que partilha a sua visão sobre os desafios e oportunidades no setor.

Ricardo Mendes Diretor Geral Diálogo Prudente
Como está o panorama atual do crédito habitação em Portugal?
Ricardo Mendes: O mercado de crédito habitação em Portugal continua dinâmico, com uma procura crescente pelos serviços de intermediação de crédito. Atualmente, os intermediários são responsáveis pela comercialização de entre 70% a 90% dos créditos habitação concedidos pelos grandes bancos. A incerteza económica e o aumento das taxas de juro levaram muitos consumidores a procurar soluções mais vantajosas, tornando o papel dos intermediários ainda mais relevante.
Quais são os principais desafios enfrentados pelos intermediários de crédito?
Ricardo Mendes: O principal desafio em 2025 é a adaptação às novas regulamentações, que exigem maior transparência na publicidade e processos mais digitalizados. Estas mudanças são positivas, pois aumentam a confiança dos consumidores e promovem práticas de negócio mais responsáveis. Além disso, há a necessidade de educar os consumidores sobre as vantagens de recorrer a um intermediário de crédito, garantindo que obtenham as melhores taxas e condições de financiamento.
Como avalia a implementação da Garantia Pública para jovens na aquisição da primeira casa?
Ricardo Mendes: A Garantia Pública é uma excelente medida para ajudar os jovens a comprarem casa, cobrindo até 15% do valor do imóvel, com um teto de 450 mil euros. Para serem elegíveis, os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos, não possuir outro imóvel e ter rendimentos até ao 8.º escalão do IRS, ou seja, cerca de 81.199 euros anuais. Embora esta medida facilite o acesso à habitação, o seu plafond de 1,2 mil milhões de euros pode limitar o número de beneficiários. Além disso, há preocupações de que o programa beneficie jovens que não necessitam deste apoio, desviando recursos de quem realmente precisa.
Até ao momento, 17 bancos aderiram à iniciativa, demonstrando uma boa aceitação no setor. No entanto, é fundamental que os beneficiários avaliem a sua capacidade financeira a longo prazo, pois a garantia não elimina a responsabilidade pelo pagamento do empréstimo.
Como é que os intermediários de crédito podem ajudar os jovens a aceder à Garantia Pública?
Ricardo Mendes: Podemos auxiliar os jovens em todo o processo, desde a compreensão dos critérios de elegibilidade até à escolha dos bancos que oferecem melhores condições dentro do programa. Além disso, ajudamos a preparar toda a documentação e garantimos que os candidatos obtenham a melhor taxa de juro possível. O nosso papel é tornar o processo mais simples e vantajoso para quem procura financiamento para a sua primeira casa.
Qual é o impacto das isenções de IMT e Imposto de Selo no mercado imobiliário?
Ricardo Mendes: Estas isenções são um grande incentivo para os jovens adquirirem habitação própria. Em 2025, os imóveis para habitação própria e permanente até 316.772 euros estão isentos destes impostos. Nos primeiros meses após a implementação, mais de 4.000 jovens beneficiaram destas isenções, resultando numa poupança considerável nos custos iniciais da compra de casa. Esta iniciativa oferece uma excelente oportunidade para os jovens entrarem no mercado imobiliário, tornando a compra de casa mais acessível e estimulando a procura neste segmento.
Consequentemente, esperamos um aumento na procura por parte deste segmento, o que pode dinamizar o mercado imobiliário e incentivar a construção de imóveis adequados às necessidades e capacidades financeiras dos jovens.
Como estas medidas estão a impactar o setor de intermediação de crédito?
Ricardo Mendes: O aumento da procura por crédito habitação entre os jovens gera novas oportunidades para os intermediários de crédito. No entanto, também nos coloca uma responsabilidade acrescida: garantir que os clientes compreendam os compromissos financeiros que estão a assumir. A transparência e a educação financeira são essenciais para evitar situações de sobre-endividamento.
Qual a sua previsão para o futuro do setor de intermediação de crédito em Portugal?
Ricardo Mendes: O setor tem um futuro promissor, especialmente com a digitalização e a evolução das políticas de crédito. O nosso sucesso dependerá da capacidade de adaptação às mudanças e da manutenção da confiança dos clientes através de serviços transparentes e eficazes.
Que conselhos daria a quem quer comprar casa em 2025?
Ricardo Mendes: Recomendo que os compradores solicitem várias propostas e simulações de crédito habitação antes de iniciarem a busca por imóveis. Além disso, a pré-aprovação de crédito pode agilizar o processo de compra e aumentar o poder negocial junto dos vendedores.
Recomendo que os compradores solicitem várias propostas de crédito habitação e avaliem as melhores taxas de juro crédito habitação disponíveis no mercado antes de iniciarem a busca por imóveis, os bancos tem propostas muito diferentes e é importante perceber qual a melhor solução para cada situação.
Além disso, obter uma pré- aprovação de crédito habitação a pode agilizar o processo de compra e fortalecer a posição negocial junto dos vendedores, tendo acesso a melhores imóveis e a agilizar o processo.
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